Outro dia o Orkut foi fechado de vez. Lendo uma matéria da
Super Interessante, comecei a pensar sobre essa evolução das redes sociais até
hoje. Uma coisa que me chamou a atenção foi a menção de o Orkut ser uma rede
social mais silenciosa, pela falta de Time Line, onde podíamos fazer mais
coisas sem ninguém saber. De fato, o Facebook e o Twitter são muito mais expositivos
e toda hora tem a opinião de alguém na sua TL. E, onde tem opinião, tem divergência.
Mas as pessoas não se sentem tranquilas apenas em divergir, deixando de seguir
alguém ou ignorando, elas precisam contestar sua opinião. Não na mesma postagem
necessariamente, mas em outro post que reverberará em outras Time Lines. E é
então que estas redes sociais me parecem uma verdadeira guerra.
Garota Intrometida
Uma garota que gosta de falar sobre diversos assuntos... relevantes ou fúteis, engraçados ou sérios, do dia-a-dia ou da filosofia do universo, de temas femininos ou não. Afinal, se "Mulher é bicho esquisito...", eu sou mais ainda.
3.10.14
24.8.14
Seis anos.
Seis anos. Seis anos são muita coisa. Tem gente que diz que
não são de fato seis anos de relacionamento, já que ele é à distância. Não
importa, passaram-se seis anos. Ou seja, eu era seis anos mais nova e ele seis
anos mais novo quando nos conhecemos. Você me diga: quanto você mudou em seis
anos? Eu bastante. Ele também. Em seis anos, à distância ou não, a gente tem
que lidar com muitas mudanças, com muito amadurecimento. Daqui um ano, todas as
minhas células do meu corpo serão diferentes das que eu tinha quando o conheci.
Seis anos são muita coisa. Eu tinha 24
anos... agora, 30. Meu Deus, como eu mudei dos 24 aos 30! Em seis anos a gente
vê o bom, o ruim, o mais ou menos. Dizem que a química da paixão no cérebro dura
no máximo 3 anos, o que era apenas uma reação química ficou pra trás faz tempo.
Sobrou o que é sólido, muito mais do que sinapses. Sobrou o plano de futuro que
começa a tomar forma. Não tem como esconder nossos defeitos em seis anos. Não
tem como esconder nossos medos. Tudo às claras. Talvez não tudo... ainda existe
bastante a se descobrir em conjunto nos próximos anos, na próxima etapa. Que
bom! Até gostos mudam em seis anos, paladares, preferências. O que é volátil,
passa num período de seis anos, o que é consistente, não. O que é consistente,
em seis anos, se estabiliza, desenvolve. E não termina nunca de desenvolver.
Nunca está completo, nada nesta vida nunca está, mas está menos incompleto a
cada dia. Nesses seis anos, ele me fez rir, chorar, aprender, desaprender,
estressar, relaxar, crescer, amar. E eu sei que ainda faremos mais tudo isso e
muito mais juntos por mais muitos anos. Posso dizer que nosso namoro durou
estes seis anos, não porque ele acabou, mas porque ele se transformará. Foram
bons seis anos, foram o tempo que precisávamos para ver que queríamos o resto
da vida. Que venham todos os próximos anos.
Cammy
23.1.14
Solte do braço da poltrona e olhe a janelinha - como os mecanismos de defesa podem nos atrapalhar
O medo em demasia paralisa. O medo em pequenas doses é
necessário, é um instinto, mas não é deste que estou falando,
deixemos claro. Quando algo nos amedronta, criamos mecanismos de defesa, em
geral para podermos nos apegar a algo e sobreviver àquele medo. Como alguém que
se agarra à poltrona de um avião com medo de voar. Isso é normal, nada demais
e, de certa forma, a melhor forma que encontramos para sobreviver aquele
momento de pavor. O problema é quando esse “apego” vira habitual, mesmo quando
o medo não é tanto... aí é que está o problema.
31.12.13
Não culpe o ano!
Vi esta imagem hoje no facebook e parei para pensar... como nós esperamos demais de um ano. Eu sempre ouço as pessoas (e até eu mesma) dizerem "Tal ano foi ruim comigo". O ano não parou e decidiu ser ruim com você. Eventos aconteceram, você seguiu caminhos e a forma como lidou com tudo é que fez tal ano ser ruim. Não culpe o ano. Claro que coisas ruins acontecem independente da nossa vontade, mas a nossa postura diante das dificuldades também é uma decisão nossa. O ano é uma mera contagem de tempo a qual estamos definitivamente apegados demais. E todos esperam o dia 31 de dezembro para fazer novas promessas. E as feitas neste dia, acabam sendo as mais vazias. Isso porque é quase uma obrigação do dia 31 de dezembro, não significa que você atingiu alguma epifania, você só se sente obrigado a prometer coisas novas que devem começar no dia seguinte.
Além disso, há um longo ano pela frente e promessas de coisas a longo prazo podem encarar mudanças futuras. Porque não pensar o que precisamos mudar todos os dias? Ou outros diversos dias pelo ano? Reavaliar nossa conduta ao longo de 365 (ou 366) dias e não em um único dia mágico onde tudo parece possível. Mas ok. Dia 31 de dezembro é um dia que nos faz pensar no futuro, então pensemos. Mas não da forma que costumo ouvir, dizendo "Que 2014 seja um bom ano pra mim". O ano não é uma entidade mágica, apenas um amontoado de dias seguidos e ele não pode fazer nada por você. O ano continuará passando e sendo da mesma forma que sempre foi, com suas segundas, terças, quartas, quintas, sextas, sábados e domingos. Ele não se importa com o que você faz em seus dias, ele apenas passa. Até chegar o próximo 31 de dezembro. Ele não se importa que você não goste de segundas-feiras, nem que ache as quartas cansativas. Então de que adianta desejar que o ano seja bom?
3.12.13
Lulu e Tubby: o que eles nos mostram sobre a realidade da mulher
*atualizado ao final!
Ok, já vi muita gente opinando sobre o tal Lulu e Tubby e vou meter o bedelho também. Não, não vou apoiar nenhum dos 2, nem mesmo a validade moral de usá-los ou não. Não, não vou dar dicas de como não estar em nenhum deles. Não, não vou advogar sobre como a ânsia de "vingança" nesse tipo de aplicativo não leva a nada. Nada disso. Eu quero mesmo é desabafar meu desaforo com a diferença entre o tratamento das mulheres para com os homens e vice-versa depois de conhecer uma realidade onde se travam guerra dos sexos via celular.
Fiquei um bom tempo, confesso, sem nem saber que raio era esse aplicativo Lulu, mas eis que, como todos que usam redes sociais, acabei sabendo. Um aplicativo que avalia homens anonimamente. Nem me fedia, nem me cheirava até então. Não sou nem das que defendem com unhas e dentes que as mulheres tem o direito de se vingar fazendo estas avaliações (oi?), nem das que acha inofensivo, nem das que acha o fim dos tempos. Só mais um aplicativo. Eis que, a curiosidade falou mais alto e, em um momento com as amigas e mais uma atitude masculina como as que as mulheres querem se vingar, ou seja, um homem babaca (veja bem, um... não todos), fui conhecer o Lulu. E me surpreendi com o que vi. Não porque fosse horrendo, mas porque era bem mais leve do que eu pensava. Claro, não muda o fato de ser uma exposição desnecessária e tudo mais, mas as hashtags eram bem menos pejorativas que pensei. Até muito bem humoradas e foram alguns momentos divertidos descobrir as hashtags que existiam. Percebi que qualquer pessoa sã não levaria aquilo muito a sério, era uma piada.
24.11.13
Declaro independência!
Não sei se é a crise dos 30 chegando (e seja bem vinda!), retorno de Saturno ou puro amadurecimento, mas estou declarando independência.
Independência de pai e mãe, independência de tutores, independência de dependência.
Independência da opinião alheia, independência de agradar os outros.
Independência de quem me julga, independência pra fazer o que gosto.
Independência pra começar do zero, independência pra continuar de onde parei.
Independência de conforto, independência do medo.
Independência de precisar de companhia, independência pra ir sozinha ao cinema ou ao restaurante mais caro, independência pra passar uma tarde a sós comigo mesma.
29.8.13
Os relacionamentos e o tempo
Não, não estou falando sobre “dar um tempo” no relacionamento, e sim sobre os relacionamentos e seus tempos de duração. Existem relacionamentos que duram muitos anos, aqueles que duram poucos meses e deixam marcas intensas, ou aqueles feitos pra terminar em um certo tempo. Apenas posso falar sobre aqueles que duram muitos anos e melhoram cada vez mais, pois esta é minha experiência (e me inspiro a escrever sobre tal pois há alguns dias completei os 5 anos de namoro). Dizem que os relacionamentos são como vinho, mas nem todos vinhos melhoram com o tempo. Na minha grande ignorância a respeito de vinhos, sei que só os bons vinhos melhoram com o passar dos anos, os não tão bons, avinagram. O mesmo vale para relacionamentos, não é qualquer um que melhora com o tempo. Alguns não tem como durar, outros perdem a magia, outros desandam.
Dizem pesquisas que o estado químico da paixão pode durar até 3 anos no cérebro... vai ver alguns relacionamentos terminam pois esta química termina? A questão é saber transformar a química inicial da paixão, seu encantamento, sua beleza em algo maior que sobreviva após ela, pois, isso é certo, ela passa. Porém, algo melhor pode tomar seu lugar. Se não tomar, estes são os relacionamentos fadados a acabar por entrar na chamada “rotina”, por perder o encanto, a atração, etc. Pesquisando sobre textos que já haviam falado sobre isso na internet, me deparei com muita falta de “magia”. Muita gente dando “dicas” sobre como fazer o relacionamento durar, muitos sites falando sobre o que fazer para ter um relacionamento longo que seja bom e muita gente se indagando se relacionamentos melhoram com o tempo ou não.
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