Se eu tivesse que resumir 2011 em uma palavra seria “amadurecimento”. Sabe aquele ano que tiveram coisas boas e coisas ruins, mas é difícil pontuar cada uma? O ano que é uma soma de pequenos acontecimentos? Não foi um 2006, onde tudo parecia se somar de ruim: perda do meu pai, síndrome do pânico, fim da faculdade, mudança de cidade, estar mais longe dos amigos... Nem um 2010 em que defendi o mestrado e arranjei um ótimo emprego. Muitas coisas boas perduraram, como meu namoro (que completou 3 anos). Não só, mas também, em mais um ano de relacionamento, amadureceu. Minhas amizades, que cada dia provaram-se mais companheiras. Minha saúde que precisa de alguns ajustes, mas nada grave. Tiveram melhorias: nova e melhor casa, nova dinâmica, uma felicidade fútil de estar com o corpo mais em forma do que nunca e novas conquistas (como uma cansativa e tardia carteira de motorista).
Tiveram coisas ruins também. Em geral, problemas de família: dificuldade financeira com uns, problemas de saúde com outros. Tiveram reencontros (madrigal), tiveram desencontros (poucas vezes consegui ver diversos amigos queridos). Tiveram amigos resolvendo vida, casando, juntando, engravidando, resolvendo, separando (que é bom também!)... e eu feliz demais por vê-los crescer e estarem cada dia mais felizes e participar de tudo isso! Tive muito trabalho, que é bom, mas cansa... tive minhas primeiras férias, que não pareceram suficiente. Mas foi só em julho deste ano que passou que completei um ano de emprego, portanto, foi ainda um ano de adaptações. Me adaptando cada dia mais ao fluxo de trabalho, a ter horários fixos, a um mês de férias só por ano (que ainda nem tive), a comportamentos que devo ou não ter, a receber bronca, a me virar, a contar com colegas de trabalho. E, no meio de tanta adaptação, tive de deixar de fazer coisas porque me faltou energia. Deixei de cantar e dançar... e o prometido exercício físico parou faz algum tempo. Contudo, foi importante assumir que tinha limites e precisava fazer escolhas.
O que o próximo ano nos reserva?
Se tivermos sorte, mais 365 dias...
Se tivermos sorte, mais 365 dias...
Das coisas ruins, umas tão ruins que prefiro nem detalhar. Mas uma das piores situações que passei na vida e ainda estou aprendendo a lidar e vendo onde vai. Um processo longo de recuperação de uma doença de um familiar que doeu em nós (família) tanto quanto nele. Tive dor, tive medo, tive pânico, estive triste. Ainda tenho um pouco. Mas lá vou eu aprender a lidar com isso, tentar acalmar a mente e a alma e conhecer novos limites. O pior já passou, eu espero.
Aí, olho pra trás nesse ano que parecia tão desimportante, mas que mudou tanta coisa. Tantos pequenos acontecimentos que mexeram comigo (corpo, mente, espírito) e me modificaram a sua maneira. Tantas coisas que só se afirmaram e me fizeram enxergá-las diferente. Tantas coisas que se estavam duvidosas, nunca estiveram tão claras. Foi um ano que pensei, que refleti, que pesei, que consolidei opiniões. Que mudei as que tinha também, e como isso foi importante! Se tem uma coisa que aprendi neste 2011 e desejo a vocês é que não se apeguem as suas opiniões demais, elas podem mudar se você permitir (ou deixar de teimar) e ver como algo podia ser bem melhor assim!
"Feliz ano novo é um desejo vazio. Ninguém pode ter certeza que os próximos 365 dias vão ser felizes. Todo mundo fica triste de vez em quando... Claro, você pode passar um dia inteiro feliz, até uma semana, mas um ano inteiro é muito longo!"
"Que sobrevivamos ao próximo ano, então!"
"Que sobrevivamos ao próximo ano, então!"
E isso tudo só pode ser resumido pra mim em um ano de amadurecimento. Amadureci nas coisas boas, ruins e cotidianas. No trabalho, no namoro, nas amizades, na espiritualidade e, principalmente, amadureci a minha forma de me ver e ver o mundo. Poxa, isso é bastante, não? No fundo 2011 parece ter tido um importante papel na minha vida e eu nem teria me dado conta se não parasse aqui escrever. O seu ano também pode estar passando despercebido... preste atenção! Depois de rever 2011, espero que meu 2012 continue me trazendo essa clareza sobre a vida, mas de uma forma mais leve, se possível. Não quero deixar os aprendizados deste ano pra trás, quero que eles me acompanhem em 2012. Então nada de se despedir de um ano e entrar em outro, hein? Aposto que você também tem coisas pra levar.
Quero voltar a fazer as coisas que deixei em 2011, como cantar e dançar... ainda não decidi se dou conta de tudo junto, mas alguma pelo menos, já que a pior parte de adaptação de forças no dia a dia de trabalho parece ter passado. Quero um ano mais leve, ainda com aprendizado, mas com menos dor e cansaço... se possível. Um pouco mais de alegria, afinal, nunca é demais. Ver mais meus amigos, me dar mais ao luxo de passear, comer, dormir, fazer nada. Mas tudo isso não depende do meu 2012 em si, depende de mim em 2012, 2013, 2014... claro que a realidade impõe algumas coisas, então já sei o que desejo pra mim e pra vocês: Que nós saibamos aproveitar ao máximo as coisas boas (aproveitando), ruins (aprendendo) e as aparentemente sem importância (dando a importância devida) que a vida nos impor este ano que começa. Sem dar adeus ao que foi aproveitado de 2011, mas acumulando tudo isso pra viver 2012 melhor!
Cammy
É isso aí! Que 2012 seja um ano incrível para todos nós, sem dores de cabeça!
ResponderExcluirBeijão
Esse ano, se tivermos sorte, serão 366 dias... ;)
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