5.10.11

Arquivo Mental: A vida começa aos 25

Muitas mulheres, talvez a maioria, têm problema em envelhecer. O número 30 é quase um palavrão pra algumas. Nunca entendi isso muito bem, mas confesso que nos passados 27, tenho um vislumbre disso. Não vou cuspir pra cima, mas acho que terei uma tranquilidade maior que as que observo por aí com esse temido número. Porém, achei algo que escrevi aos 25 anos que pode aliviar esta angustia. Vejam bem, eu tenho uma teoria de que a vida começa realmente aos 25 (com um ou dois anos de diferença pra alguns) e no texto explico o porquê. Então, 30 está tão no começo da vida que é de se ansiar e não afastar! O conteúdo foi algo que vivi aos 25, mas concordo, embora atualmente mais... bom, eu comento no final.

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"Eu sempre disse que a vida começava aos 25.

Eu errei, por um ano. A minha começou aos 24, não porque eu não vivesse antes, não que não tenha vivido momentos marcantes ou algo assim. Vivi, mas não sei bem explicar, tudo começou a valer a pena com 24, a fazer sentido, a ter gosto.

Agora, completo um ano de vida. Vida vivida com sabor, com cheiro, com cor, com som.É hora de sair da bolha da faculdade, ver o mundo real, colocar as garras de fora e atacar ele. É hora de sofrer com a vida adulta e de ter prazer com ela também. É hora de saber quem vai ficar na sua vida, quem vai fazer falta, quem te acompanhará na jornada.

Com um ano de vida, começo a vislumbrar o que ela pode ser, mas nada posso fazer a não ser ir vivendo, eu sei. Minha tentação é grande de me parar e esperar o futuro, afinal, quando se tem apenas um ano, a vida parece looonga e cansativa. Tudo tão longe. E ao mesmo tempo tão perto. Nunca estive tão perto de viver plenamente, de me realizar, de por sonhos em prática. Está ali! Perto das pontas dos meus dedos, posso tocar. Posso sentir o cheiro. Sou como uma criança de um ano olhando as coisas ao seu redor, tudo tão confuso, e tão bonito. Tudo tão misturado e chamativo. Tanta vontade de levantar e dar os primeiros passos em direção a isso. Mas logo caio, ainda não sei me equilibrar.

Mas saberei. Se ontem nem engatinhava, me parece cada dia mais perto aquilo que me atrai. Quando ontem, nem vivia, agora vivo e saboreio o que está acontecendo.

E é assim que me sinto: 25 anos de idade, um de vida vivida. Muitos que me trouxeram onde estou (24 pra ser precisa), mas eram uma preparação, uma gestação, quando se prepara para finalmente abraçar o mundo.

O começo de uma vida é sempre assustador, mas também é deslumbrante. E assim vou: assustada, deslumbrada, ansiosa, atenciosa, inquieta, esperançosa... viva.

E assim continuo vivendo."


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Bom, como dizia, hoje estou já apalpando a vida. Inalando ela, não está mais nas pontas dos dedos, está na minha mão. Ainda faltam algumas coisas pra agarrá-la de vez, então me sinto em uma transição deste início de vida com algo mais pleno, quase uma adolescência, onde a parte bonita ainda é bonita, mas os problemas se revelam. Da mesma forma que um adolescente às vezes precisa voltar a pensar como criança pra ter o ânimo de novo, eu preciso relembrar essa sensação dos 25! E, como o adolescente precisa pensar como adulto pra se colocar adiante, eu também me projeto pra frente. Lembrando a vivacidade de descobrir a vida e continuar abraçando ela rumo à maturidade.


Cammy

Aliás, vocês conhecem as tirinhas da "Mulher de 30" de onde saiu a imagem inicial? São muito bacanas!

2 comentários:

  1. Me sinto privelegiado por fazer parte dessa vida tão rica de emoções e fatos! A vida está sempre começando em algum lugar, e vivê-la é que dá sentido a tudo. Beijos.

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